Italo Ferreira posa com prancha de surfe em meio a eclipse solar no RN; veja fotos

Fotos: Marcelo Maragni/Red Bull Content Pool

O campeão olímpico Italo Ferreira compartilhou neste sábado um ensaio fotográfico realizado durante o eclipse solar anular. O surfista parece estar dentro de um “arco de fogo”. As fotos são de Marcelo Maragni e foram feitas em Monte das Gameleiras, no Rio Grande do Norte.

O fotógrafo Marcelo Maragni precisou de estudos científicos e equipamentos especializados para alcançar a foto perfeita, além de contar com a sorte de o estado potiguar ser um dos melhores locais no país para presenciar este fenômeno.

Técnicas de fotografia e engenharia, posicionamento e agilidade para realizar a foto em segundos foram fundamentais para garantir o resultado artístico memorável. A posição do surfista precisava estar alinhada com o rápido momento em que a Lua se posicionava milimetricamente entre a Terra e o Sol.

O fotógrafo, há aproximadamente 1 km de distância do surfista, teve de usar, além de sua câmera, rádios para comunicação, dois celulares, óculos de proteção e espelhos para conseguir fixar os olhos contra a luz do Sol e evitar o efeito sombra na imagem do atleta.

Veja fotos:

“Esse foi um projeto mais que especial para mim, fiquei muito feliz de aqui no Rio Grande do Norte a gente ter a melhor visão do eclipse e de ter sido abençoado com essa foto que a gente vem trabalhando há meses para que ficasse perfeita. Hoje quando saí de casa tinham muitas nuvens no céu e eu fiquei um pouco apreensivo, mas quando chegamos na pedra que seria o ponto perfeito calculado o tempo limpou. E quando começou o eclipse conseguimos fazer a foto que, na minha opinião, é provavelmente uma das melhores fotos que alguém já fez durante um eclipse. Estar vivendo esse momento é surreal e muito simbólico, principalmente porque representa um dos arcos olímpicos e me lembra o quão especial foram às Olimpíadas para mim”, declarou o surfista.

A cena inédita foi eternizada após uma única tentativa e em cerca de 5 segundos. Durante esse curto período, Maragni ainda precisou ajustar sua posição para capturar o ângulo perfeito do anel de fogo.

Antes do grande dia, o fotógrafo testou diversas possibilidades para prever o imprevisível e conseguir registrar esse momento raro. Durante os ensaios e estudos, que começaram 4 meses antes, Maragni visitou mais de 20 picos e montanhas ao redor da praia para a checagem prévia do lugar ideal, além de diversos cálculos para o fotógrafo encontrar a angulação exata para posicionar o surfista.

Marcelo Maragni contou que este foi um dos trabalhos mais desafiadores e complexos dos seus quase 25 anos de carreira.

“Essa foi uma das fotos mais complexas que já fiz. Foram trabalhosas tentativas de encontrar um local com a angulação de azimute, que é um ângulo em relação ao Norte e com uma inclinação específica de altura. Também usei dois celulares para simular um teodolito, que é um equipamento de medição de relevo; coloquei um filtro de densidade neutra na lente para diminuir a luz que entraria na câmera e usei espelhos para refletir a luz do Sol e iluminar o atleta e evitar o efeito de silhueta na imagem do Ítalo que o pôr do Sol costuma causar”, explicou.

*Com informações do Globo Esporte (GE RN)

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