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O secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão de Mossoró, Kadson Eduardo, foi condenado por falsificação ideológica. A informação, divulgada em primeira mão pelo jornalista Bruno Barreto, motivou medidas da bancada de oposição na Câmara Municipal.

Conforme a denúncia do Ministério Público Federal, em 2016, Kadson, enquanto advogado, teria falsificado um documento e alterado a data de uma audiência na 12ª Vara Federal de Pau dos Ferros. O caso envolvia a demarcação de terras particulares no município de Apodi.

Apesar da defesa alegar falhas no sistema, o argumento não foi acatado pelo juiz Rodrigo Arruda Carriço, que condenou Kadson a dois anos de prisão e 10 dias-multa em regime aberto. A condenação se tornou definitiva em 19 de janeiro de 2023, e, desde 17 de abril do ano passado, a certidão de trânsito em julgado foi emitida.

Diante da situação, a bancada de oposição, liderada por Tony Fernandes (Avante), anunciou nas redes sociais que entrará com medidas judiciais e representação no Ministério Público para exigir o cumprimento da Lei da Ficha Limpa Municipal e a exoneração do secretário.

Tony Fernandes também declarou que solicitará investigação de eventual improbidade administrativa do prefeito Allyson Bezerra (União) por manter Kadson no cargo mesmo após a condenação definitiva.

“Mesmo depois do trânsito em julgado do processo, o prefeito manteve no cargo, como um de seus assessores de maior confiança, um secretário condenado. O ato poderá prejudicar diversas ações do município assinadas pelo secretário”, disse. “A Oposição ainda pedirá apuração de improbidade administrativa por parte do Prefeito de Mossoró por ter nomeado um secretário condenado. Além disso, pedirá também a devolução de todos os salários recebidos de forma ilegal”, complementou.