Páscoa deve aumentar vendas nos supermercados em 10% este ano

Foto: Adriano Abreu/Tribuna do Norte

O setor dos supermercados no Rio Grande do Norte está na expectativa de aumentar em até 10% o volume de vendas neste período de Páscoa. A projeção é da associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (Assurn) que inclui não apenas os ovos de Páscoa, como também os chocolates em geral e todos os produtos que são envolvidos na sazonalidade da Páscoa, como vinhos, peixes, azeites, por exemplo. Em nível nacional, as vendas relacionadas à Páscoa devem ultrapassar R$ 3,4 bilhões neste ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

“A expectativa é um de crescimento nas vendas em torno de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Houve uma uma preparação na aquisição de produtos para ofertar uma variedade de produtos para os consumidores. Essa é uma Páscoa que a gente pode dizer que é plena, totalmente distante das questões da pandemia”, destaca o presidente da Assurn, Gilvan Mikelyson.

As lojas já começaram a expor nas gôndolas os produtos tradicionais procurados neste período e que envolvem chocolates, peixes e vinhos também. “Tudo o que a gente tem de produto que movimenta na Páscoa estamos com expectativa muito boa. Agora devem começar as ofertas que cada um faz para atrair os clientes”, explica Gilvan.

A procura deve aumentar na próxima semana, que antecede a Páscoa, e se tornar mais intensa na medida que se aproxima o dia. Neste ano, a Páscoa será celebrada no dia 31 de março. No varejo, a data é considerada a terceira maior, em termos de vendas, atrás somente do Natal e do Dia das Mães.

A previsão dos supermercados é superior ao que prevê a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), para todo o varejo. A entidade estima que haverá um aumento de 4,5% em relação ao ano passado, quando o comércio varejista registrou um movimento de R$ 3,29 bilhões, em virtude da data. Neste sentido, a Páscoa deve movimentar R$ 3,4 bilhões em 2024 no Brasil.

“A Páscoa representa uma importante data para o varejo, um período de grande movimentação comercial e oportunidades de crescimento para o setor”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Esse será o quarto avanço anual das vendas de Páscoa, que ainda se insere no contexto de retomada do consumo pós-pandemia. Nesse sentido, o montante financeiro gerado deverá ficar 15,4% acima do volume observado na data em 2019, pré-pandemia.

A previsão, segundo a entidade, é um aumento de 21,4% na importação de chocolates, correspondente a 3,35 toneladas, e 69,9% na de bacalhau, equivalente a 7,12 toneladas do produto.

Contudo, os preços dos ovos de Páscoa, um dos principais produtos do período, estão de 10% a 30% mais caros neste ano, devido ao aumento nesta mesma proporção do cacau, matéria prima do chocolate, no valor do custo. Segundo a Assurn, o impacto será maior nos produtos licenciados, que utilizam as imagens de brinquedos e necessitam pagar royalties às empresas detentoras dos direitos de imagem.

Esse aumento pode afastar consumidores como a aposentada Luzia Marques, de 64 anos. “Ano passado comprei vários para presentear crianças no interior. Mas neste ano a situação não melhorou e os preços subiram demais. Então não comprarei ovos de Páscoa para ninguém”, decidiu.

Apesar do aumento nos preços, a previsão é de crescimento no volume de vendas dos ovos de Páscoa em comparação ao ano passado neste mesmo período. A Assurn estima que deva ficar entre 5% e 10% no setor.

A dona de casa Rita de Cássia, de 59 anos, é a representação desses consumidores que não abrem mão da tradição. “Compro todo ano e não deixarei de comprar novamente. Toda Páscoa eu presenteio meus filhos e netos e vamos manter a tradição neste ano”, conta ela.

Gasto médio

Uma pesquisa elaborada pela plataforma TIM Ads, apontou que 65% dos potiguares pretendem presentear nesta Páscoa, gastando até R$ 100. A preferência são opções mais acessíveis, revelando a atenção do consumidor em buscar economia.

Entre as opções, 23% dos participantes têm a intenção de comprar os tradicionais ovos de Páscoa, enquanto outros 32% optarão por outros tipos de chocolates e 13% escolherão lembrancinhas ou presentes manuais, evidenciando a diversidade de escolhas na hora de presentear.

Na pesquisa, 56% responderam estar pesquisando em lojas físicas (supermercado, atacadistas e pequenos comércios), contra 19% que estão fazendo por meio de lojas online. De olho em descontos, 45% afirmaram que vão pagar em dinheiro ou por meio de PIX, contra 22% que pretendem utilizar o cartão de crédito.

A sondagem, feita entre os dias 5 e 11 de fevereiro. Foram coletadas 332 respostas de clientes da companhia, que participaram voluntariamente em troca do recebimento de bônus de internet. A amostragem é predominantemente jovem, com 77% dos participantes tendo até 35 anos.

Tribuna do Norte

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