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O Hospital Rafael Fernandes, unidade de referência para doenças infectocontagiosas na região Oeste do Rio Grande do Norte, está enfrentando uma séria crise de falta de insumos básicos, de acordo com informações obtidas pelo blog Nathália Rebouças.

Segundo relatos, a escassez de insumos afeta diversos tipos de soros, desde o mais básico, como o soro fisiológico, até a falta de água destilada, utilizada para diluir medicações injetáveis. A situação levou ao bloqueio de 20 leitos na quarta-feira (10/05), já que não há condições mínimas para o funcionamento adequado dessas unidades. Como resultado, a fila de espera de pacientes aumenta significativamente.

O Hospital Rafael Fernandes possui 36 leitos, sendo 10 de UTI e 26 de enfermaria, incluindo para tratamento de casos de Covid-19. Além disso, a unidade atende a uma alta demanda de pacientes com HIV, sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis.

A entrega desses insumos deveria ser realizada pela Farmácia Central da UNICAT, porém, devido à ausência dos materiais, essa distribuição não está ocorrendo. Diferentemente do Hospital Regional Tarcísio Maia, que tem autonomia para a compra de medicamentos e insumos por ser uma unidade gestora, o Hospital Rafael Fernandes depende dos repasses da Farmácia Central.

As informações apontam para atrasos nos pagamentos aos fornecedores, o que agrava ainda mais a situação. A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) enviou um comunicado em resposta à situação:

“A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e a direção do Hospital Rafael Fernandes esclarecem que estão trabalhando para regularizar o abastecimento da unidade, incluindo o intercâmbio de estoques entre os diversos hospitais da rede pública estadual, diante da escassez de insumos no mercado, atrasos nas entregas por parte dos fornecedores e frustrações em licitações. Atualmente, a UTI do Hospital Rafael Fernandes segue em pleno funcionamento, enquanto sete dos 26 leitos clínicos estão temporariamente bloqueados”.

Mossoró Notícias