Auto da Liberdade estreia edição de 2024 nesta sexta

Foto: Reprodução

O espetáculo “Auto da Liberdade 2024” terá início nesta sexta-feira (27) e se estenderá até o domingo (29), com apresentações diárias às 20h na Estação das Artes, em Mossoró. Este ano, o espetáculo completa 25 anos de exibição e tem direção artística de Natália Negreiros.

O espetáculo celebra quatro datas marcantes da história de Mossoró: o Motim das Mulheres, a Libertação dos Escravos, a luta contra o bando de Lampião e o primeiro voto feminino do Brasil. Ao todo, considerando elenco e produção, são mais de 120 pessoas envolvidas no espetáculo.

Atos históricos apresentados no Auto da Liberdade:

Motim das Mulheres – Em 4 de setembro de 1875, cerca de 300 mulheres saíram pelas ruas de Mossoró em protesto contra a obrigatoriedade do Alistamento Militar. À época, protestavam sobre a convocação de seus esposos e filhos para o Exército ou Marinha. As mulheres ocuparam unidades públicas e delegacias, munidas de utensílios domésticos para chamar atenção das autoridades.

Libertação dos Escravos – Mossoró foi pioneira na abolição dos escravos. O município fez jus à liberdade aos escravos da cidade em 30 de setembro de 1883, cinco anos antes da Lei Áurea. À data, todos os homens que moravam na cidade estavam livres.

Resistência ao bando de Lampião – Em 1927, a cidade de Mossoró sofreu um grande ataque promovido pelo bando de Lampião. Os cangaceiros queriam extorquir relevante quantia em espécie do banco e comércio local. Com bravura e resistência, os mossoroenses montaram trincheiras comandada pelo prefeito Rodolfo Fernandes. Mossoró conseguiu vencer a batalha e expulsar o bando de Lampião.

Voto Feminino – Celina Guimarães Vianna foi a primeira eleitora do Brasil. O Tribinal Superior Eleitoral pontua que, com advento da Lei nº 660, de 25 de outubro de 1927, o Rio Grande do Norte foi o primeiro Estado que estabeleceu que não haveria distinção de sexo para o exercício do sufrágio. Assim, em 25 de novembro de 1927, na cidade de Mossoró, foi incluído o nome de Celina Guimarães Vianna na lista dos eleitores do Rio Grande do Norte. O fato repercutiu mundialmente, por se tratar não somente da primeira eleitora do Brasil, como da América Latina.

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