Conquista do tetra completa 30 anos nesta quarta-feira; relembre o título do Brasil

17 de julho de 1994: Uma data que ficou gravada para sempre na memória dos torcedores brasileiros. Há 30 anos, a Seleção Brasileira conquistava o tetracampeonato mundial em uma final emocionante contra a Itália, no lendário Rose Bowl, em Pasadena, nos Estados Unidos.

Sob o comando de Carlos Alberto Parreira e com a genialidade de Romário e Bebeto em campo, o Brasil quebrou um jejum de 24 anos sem títulos mundiais. A partida terminou empatada em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, levando a disputa para os pênaltis.

Na cobrança das penalidades, o Brasil se sagrou campeão com um placar de 3 a 2. Romário, Branco e Dunga converteram suas cobranças, enquanto os italianos desperdiçaram três finalizações, uma delas defendida pelo icônico goleiro Taffarel.

O grito de “campeão” ecoou por todo o mundo quando Roberto Baggio chutou a bola por cima do travessão italiano, sacramentando a vitória brasileira.

Uma imagem que teve bastante projeção na época e que ainda permanece viva na memória de muitos é a da comemoração dos integrantes da comissão técnica da Seleção Brasileira, assim que Baggio errou o chute. Eles entraram em campo com os braços erguidos e o massagista Nocaute Jack apareceu na tela dando uma cambalhota.

Relembre

Na Copa de 1994, o Brasil começou a trilhar o caminho do título vencendo a Rússia por 2 a o, com gols de Romário e Raí, no Estádio Stanford, em São Francisco. No jogo seguinte, mais três pontos: 3 a 0 sobre Camarões, com gols de Romário, Bebeto e Márcio Santos, de novo no Stanford. Para fechar a fase de grupos, empate por 1 a 1 com a Suécia (gol de Romário), no Pontiac Silverdion, em Detroit, Michigan.

Vieram as oitavas de final e o Brasil teve logo de enfrentar os anfitriões, no caso, os Estados Unidos. Foi um jogo bastante equilibrado e a sorte nossa é que tínhamos Romário em grande fase. Foi dele o passe para Bebeto marcar o único gol clássico: 1 a 0: mais uma vez no Stanford. O lance ocorreu após a metade do segundo tempo, quando o Brasil jogava com dez – Leonardo havia sido expulso no final da etapa inicial.

Nas quartas de final, num jogo eletrizante no Cotton Bowl, em Dallas, o Brasil derrotaria a Holanda por 3 a 2. A partida estava empatada até os 36 minutos do segundo tempo, quando Branco cobrou uma falta de longe, com perfeição e selou a vitória. Antes, Romário e Bebeto haviam marcado para a Seleção Brasileira.

Classificada para a semifinal, a Amarelina teria pela frente a forte equipe da Suécia. Diante de mais de 91 pessoas no Rose Bowl, em Pasadena, Romário foi o autor do único gol da partida, aos 35 minutos do segundo tempo, o que assegurou a presença do Brasil na grande decisão.

O confronto com a Itália numa final remetia muita gente à última partida da Copa de 1970, no México, quando a Seleção Brasileira ganhou o tri com uma goleada sobre os italianos: 4 a 1. Para a Azurra, esse jogo nos Estados Unidos representava a desforra. Mas, durante os 120 minutos, o time europeu criou poucas chances e não as aproveitou.

O Brasil foi mais ousado no ataque e esteve por abrir o placar várias vezes, mas pecou nas finalizações. Até mesmo na prorrogação, a Amarelinha poderia ter liquidado a decisão tal a facilidade com que chegava à área da Itália. Com o 0 a 0 em 120 minutos vieram as cobranças de pênaltis e o tetracampeonato da Seleção Brasileira.

Foto: Getty Images/FIFA

A festa em campo com muito choro, abraços, saltos, beijos e cambalhotas, contagiou a torcida brasileira que acompanhava o feito pela TV. Pelo Brasil todo, multidões saíram às ruas para comemorar. O 17 de julho de 1994 entraria para a história como uma data marcante para o futebol brasileiro e mundial.

Uma consagração para todos os campeões e em especial para Romário, eleito pela Fifa como o melhor daquela Copa do Mundo.

Os jogadores tetracampeões: Taffarel, Jorginho, Aldair, Márcio Santos, Branco, Dunga, Mauro Silva, Mazinho, Zinho, Bebeto, Romário, Zetti, Gilmar, Ricardo Rocha, Ronaldão, Cafu, Leonardo, Raí, Paulo Sérgio, Muller, Ronaldo e Viola.

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