Adolescente de 14 anos é apreendido em operação contra pornografia infantil

Um adolescente de 14 anos foi apreendido em uma operação contra pornografia infantil deflagrada pela polícia nas primeiras horas manhã desta sexta-feira (7) em Natal. As informações são do G1.

Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, o jovem é suspeito de ter orquestrado “atos virtuais de extrema violência” contra pelo menos 30 vítimas. Duas delas já foram identificadas pela polícia.

As investigações são conduzidas pela Polícia Civil e pela Polícia Federal e apuram crimes de estupro virtual, aliciamento de crianças, compartilhamento de conteúdo pornográfico infantil e indução à automutilação, informou a polícia.

“Esse adolescente faz parte de uma rede de aliciamento que existe no Brasil, que se utiliza de diversas plataformas virtuais, redes sociais muito utilizadas por jovens, crianças, adolescentes. Ele era um dos principais líderes dessa rede de aliciamento”, disse o delegado Ricardo Eduardo Batista, da Polícia Civil do RN.

Ainda de acordo com o delegado, foram cumpridos mandados de busca de apreensão e de internação provisória contra o adolescente.

A ação também conta com participação do Instituto Técnico-Científico de Perícia do RN.

Investigação

As investigações da “Operação Self- Exposed” começaram em maio, após a mãe de uma das vítimas registrar um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada na Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Natal. Pelo menos duas adolescentes que moram em Natal e Parnamirim foram vítimas dos criminosos. A polícia considera que pode haver pelo menos 30 vítimas em todo o país.

Segundo as investigações, os aliciadores usavam as plataformas e redes sociais para chantagear as vítimas e as obrigavam a se tornarem escravas sexuais, “sendo compelidas a enviar fotos íntimas e promover automutilação pelo corpo”.

O perfil das vítimas era sempre o mesmo: meninas com idades entre 11 e 15 anos. Em pelo menos um dos casos, o adolescente teria instigado a vítima a praticar suicídio.

“Ela enviou fotos inadequadas e a partir desses dados o aliciador aprofundou, começou a fazer desafios cada vez mais graves, cada vez mais violentos, inclusive com instigação à automutilação e ao suicídio”, disse o delegado Ricardo Eduardo.

G1 RN

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